sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

a coragem de não desistir

por coincidência, a revista tribo na minha sectretária. página 63.

" Nunca me permiti perguntar "porquê a mim?". Acho que a vida é muito mais do que viver a responder a questões, com respostas que em nada nos ajudam a chegar ao resultado que queremos."

Carolina Vasconcelos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

(quase) 4 anos depois.

Este ano de 2018 não foi nada fácil.
Mas eu até nem me podia queixar, que desde o meu silêncio até ao final de 2017 as coisas andaram tranquilas, serenas. A única coisa com que me podia queixar era com o excesso de trabalho (ai, as prioridades..!).
E claro que o Universo não dorme, e de repente abri a porta e tinha uma tonelada de limões. Foi-me assim diagnosticada, em Dezembro de 2017, infertilidade.

Entrei neste ano com dores horríveis. Acho que de certa forma foi uma maneira poética, agoirenta, do que vinha aí.
Depois das dores, uma cirurgia marcada. Uma irmã a confirmar as supeitas de ter herdado a doença da nossa família, uma sobrinha angustiada. Estou sempre a cuidar de alguém (e quem cuida de mim?). E seguir em frente, porque já estou habituada a estar em segundo plano sempre.
A cirurgia foi um sucesso e consegui engravidar! Como foi possível? Não me esqueço daquele dia. Daquele momento. Os dois riscos no teste de gravidez, o ir confirmar e ouvir o coração a bater.. afinal estava já de 5 semanas! Estava grávida e não sabia!

Claro que não correu bem.
nem da segunda vez.

Claro.

Eu hei-de falar sobre isso, mas não agora.

Agora preciso de colocar aqui em palavras a confusão que vai na minha cabeça.
Que preciso de mudar de postura, preciso de fazer as pazes com o facto de poder nunca acontecer. preciso de o fazer para não enlouquecer, ciclo a ciclo, dia a dia, testes de ovulação, testes de gravidez, primeiro um, depois dois, depois dez. Google, pesquisar, analisar, compreender, saber tudo à exaustão. Viver, respirar para cada ciclo. Chorar quando a menstruação vem. É doentio.

Depois penso. Se não tivessem sido as gravidezes, não saberia do tumor que encontraram na minha tiróide.
Será que tudo tinha uma razão de ser?
Será que há uma poesia em tudo isto?

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

dói

dói muito lembrar. agora que tudo está esquecido, dói muito lembrar. tudo.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

interrompe-se a emissão não regular.

para dizer apenas isto: não sei o que aconteceu (ou sei, mas foram coisinhas, pequenas, a acumular, a empilhar), mas não me sinto a mesma pessoa. algo mudou completamente em mim e, apesar de ter a noção que esta mudança foi algo gradual, só me apercebi há pouco tempo de como estava mudada. sou outra pessoa. não sei se isso é bom ou mau.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

depois de dois meses de silêncio

e coisas muito boas a acontecer, e coisas mais ou menos também, dou por mim a interromper o silêncio para dizer que voltei a ouvir a inquietação em loop hoje.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ranting

ultimamente dá-me a entender que quase que tenho de forçar as pessoas a serem minhas amigas. (no fundo sei que isto não é verdade, mas sinto-o)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

coisas do fim de semana

a minha mãe sofre de tristeza crónica, a minha irmã estava a chorar e não me diz porquê, um dos objectivos a curto prazo será comprar um carro e começar a conduzir em lisboa, ando rabugenta, sou rabugenta, irritadiça, sem paciência, e doem-me as costas, estou mais gorda e as calças apertam-me, havia uma quermesse, uma quermesse dentro do bar!, 32 anos, já tenho 32 anos, não os sinto, custa-me adaptar a esta nova vida, não me sinto pertencendo a lado nenhum, e eu sempre precisei do sentimento da pertença, amigos entre aspas que são uma desilusão, bolas que já é segunda-feira outra vez.