terça-feira, 31 de dezembro de 2013

fuck you 2013, I'm leaving!

2013, 2013... se lhe desse um cognome, seria 2013 o ano incríterrível. Será possível caber num ano tanta coisa má e tanta coisa boa? Sim, acho que é isso a vida! (o último cliché de 2013!).
Neste ano perdi o meu pai, mas reforcei amizades. Perdi um amigo, mas saí muito mais forte. Perdi um emprego, ganhei outro melhor. Perdi sanidade mental, ganhei resistências.
E sigo de cabeça erguida para 2014, mais tranquila, mais feliz.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

faço das tuas as minhas palavras

ainda por publicar o balanço deste ano tão incriterrível, leio isto e é mesmo assim:

"2013 foi o ano em que perdi uma pessoa de quem gostava muito mas que, claramente, não sentia o mesmo por mim. E, assim, talvez não tenha sido uma perda. Talvez tenha sido apenas um esclarecimento. Uma arrumação da vida. Costuma dizer-se que o mar devolve à praia aquilo que não lhe pertence. Talvez tenha sido só isso. Se doeu? Muito. Digo-o sem embaraços. Sem vergonha. Doeu para caraças, e entristeceu-me, e matou-me um bocadinho. Como se fosse um divórcio. Porque quando dois amigos se apartam é mesmo como se fosse isso: um divórcio. Mas como tudo na nossa vida, foi importante. Prefiro vê-lo assim. Como uma aprendizagem. Um crescimento."

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

jovem procura amiga

com gostos culturais e musicais semelhantes, para fazermos companhia uma à outra. desta vez quero uma rapariga, não lésbica, para não ter que andar sempre a trocar quando arranjam namorada.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal

a horas do primeiro Natal à séria desde que era pequena, o sentimento é agridoce. é o primeiro Natal que passo sem o meu pai, mas é o primeiro que passo em família. é o primeiro Natal do resto da minha vida. é o culminar de um ano difícil, pesado, doloroso. que seja ao menos uma noite feliz, que eu mereço.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

aaaaaaaand it's gone!

ainda acerca do assunto do último post. de costas voltadas, sem olhar para trás.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

na hora de te dizer adeus

o que se faz quando se perde alguém que se ama? (como dizia o Miguel Esteves Cardoso)
e o que se faz quando esse alguém é um amigo do peito, um suporte, um pilar, e que não imaginamos a vida a correr da mesma forma se não lhe pudermos contar tudo, o dia, as coisas boas, as coisas más, partilhar cervejas, cigarros, concertos, gargalhadas e lágrimas?
o que se faz quando esse amigo nos pede para mantermos a distância num dia tão importante para ele para não criar poblemas com a nova namorada?
o que se faz quando se anuí, se diz que sim, que se quer é que o dia seja feliz e tranquilo, que se compreende, e depois nos parte o coração não nos podermos aproximar, abraçar, partilhar a felicidade e o orgulho e ter de agir como uma estranha, sentir a frieza, o desconforto?
o que se faz quando se sente que esse amigo faz das tripas coração para gerir tudo isto, que não nos quer magoar, mas que não há escolha possível. entre uma namorada e uma amiga ganha sempre a namorada.
o que se faz quando se sente cá dentro que o melhor, a única coisa a fazer, é sair do mapa, desaparecer, virar as costas e deixar que o tempo dite como correrão as coisas?

o que se faz quando se sabe que está na hora de dizer adeus?

a sério, o que se faz? porque está a doer tanto..

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

será?

ontem fiz um post com sentido de humor.
e vou-me sentindo cada vez melhor a cada dia que passa.
será que saí finalmente do buraco?

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ai Alain

Ontem fomos todos lampeiros comer bifanas super gordurosas no Rossio (tão boas, no café Beira Gare), beber cervejas, rir e fazer brindes, soube-me pela vida. O plano era ir à Casa da Achada (centro Mário Dionísio, na Mouraria) ver um filme, "Outono Escaldante" (do Zurlini). O título original não tem nada a ver, La Prima Notte di Quiete, que traduzido à letra (disseram-me as amigas italianas) quer dizer A Primeira Noite de Silêncio. Um eufemismo para a morte, e no filme em resposta ao porquê veio "porque é a primeira noite sem sonhos".
O filme é bom, apesar de longo (vimos a versão sem cortes). Mas o upa upa do filme é sem dúvida o Alain Delon que está de morrer. Barbinha por fazer, ar de alma deprimida, cigarro sempre no canto da boca, aqueles olhos azuis, meu deus, aqueles olhos azuis! ver aqui uma foto

Só fiquei triste quando me explicaram que as falas dele são dobradas em italiano. É que o alain delon a falar italiano parecia-me um upgrade fantástico. Para quem não aprecia alain delons, está lá uma Sónia Petrova muito apetecível.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

novo mantra

a partir de agora não vou dar nem mais nem menos do que as pessoas me dão a mim. é a lei kármica a dividir por 3. salvo raras excepções, claro, que a vida não é a preto e branco. acabou-se a mama!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

verdades absolutas #4

mal tenho tempo para quem quer estar comigo, quanto mais para quem não quer...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

História

fantasiei tantas vezes com aquele momento. indignada, humilhada, remetida à insignificância, fantasiei muito com o dia em que ele me viria pedir desculpa pelo modo como me tratou. e memorizei e revivi muitas vezes como lhe responderia, o que lhe diria, todo um discurso ensaiado para um momento que nunca chegou.

e a semana passada, quase três anos depois das últimas palavras (azedas) veio o tal pedido de desculpa. depois de três anos de silêncio!

e duas coisas curiosas aconteceram: a primeira é que não senti nada, nem raiva, nem contentamento, nem sentimento de vingança, nada. a outra foi que respondi educadamente e não deixei aberta a possibilidade de se retomar a amizade.

calhou em boa hora, este momento, porque estou novamente na fase de luto de ter perdido um amigo, e sabe bem saber que estas fantasias do que vou dizer, fazer, pensar, acontecer, vão diluir-se com o tempo até que... será uma insignificância. um nada, uma brisa.

a perda... é dele!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ahahaha

ó universo.... you're funny..!

o que arde cura

tenho uma dor no coração. em certos momentos do dia penso que ele vai definhar e morrer. mas sacudo esses pensamentos da cabeça porque sei que, muito em breve, estará melhor. o que arde cura.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

o problema deve ser meu

eu agarro-me muito às pessoas (se bem que depois acabo por deixá-las ir e normalmente a coisa corre bem), e sofro com isso (por isso às vezes gostava de não ser assim). mas se eu não fosse assim, se calhar não passava pela felicidade de os conseguir juntar todos à força de vez em quando, ou de me aparecer uma pequena multidão quando preciso. se calhar agarrar muito as pessoas, com medo que elas fujam, pode ser uma coisa boa. gostava que não doesse tanto quando elas se vão embora. mas sabe tão bem quando ficam...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ira

há uns tempos a psicóloga disse-me que eu parecia ter um problema com a raiva, ou seja, não me zangava. eu zango-me, disse-lhe eu, mas depois passa, e porquê ficar com rancor? só ocupa espaço no coração, para outras coisas boas. mas sim, sei que tenho alguma dificuldade em permanecer zangada, que tenho a tendência para perdoar e esquecer. não sei ainda se isso é bom ou mau, mas ontem... ai ontem zanguei-me. muito. profundamente. e ainda não passou e eu espero que não passe.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

...!

que desilusão tão grande! parte-me o coração! (e é mais ou menos isto)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ais

e hoje só me apetece estar aos ais.

(des)ilusões

posso fazer um desabafo mesmo à cara podre? daqueles que sei que não posso, não devo, é injusto, mas quero mandar cá para fora na mesma? posso?

detesto quando as pessoas nos encostam a um canto quando já não precisam de nós, mas detesto ainda mais quando inventam desculpas estúpidas para o fazer. consciente ou inconscientemente. continuo a insistir nisto, quando se quer estar com alguém, quando as pessoas são importantes na nossa vida, há que estar presente, fazer por isso, e desculpazecas da merda comigo não colam. man up. o resto é conversa, e fico mesmo fodida com isto.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

afinal

ontem passou sem espinhas e valeu a pena mais que não seja por ter recebido uma chamada da maternidade (com a mamã da minha castanha de são martinho a dar-me os parabéns) e outra de angola que quase me fez chorar de tantas saudades que tenho.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

coisas dos últimos dias no geral e de hoje em particular

como já vem sendo habitual (penso apenas que o ano passado que a coisa foi discreta e passou sem mossa), estes dias que avizinham este dia são sempre passados numa névoa de tristeza. não sei bem porquê, ou se calhar até sei, mas não gosto nada de fazer anos. neste dia tudo de mau que acontece tem o poder de o sentir 3 vezes mais, ando mais sensível ainda que o habitual (medo!) e garanto que por mim passava este dia longe, de telefone desligado, à espera que passe.

até agora está a ser muito tranquilo, não combinei absolutamente nada com ninguém (e com quem combinaria? está tudo disperso... vá, não sejas melodramática, isto nem sequer é verdade. se quisesse estar com amigos até conseguiria estar porque ainda os tenho em abundância e recomendáveis).

ontem em conversa sobre o filme indiano que tem sido o meu percurso profissional até chegar aqui e ao agora, com uma pessoa que me conheceu há dois meses, ouvi isto: "bolas, tu se tratasses dessa falta de auto-estima podias dominar o mundo".

penso que ele nem se apercebeu do impacto que este comentário teve em mim. caramba, uma pessoa que mal me conhece dá conta da minha falta de auto-estima.. o que é que isto quer dizer de mim?

e mesmo de propósito, um colega de trabalho acaba de me dar os parabéns enquanto escrevo isto, por isso o que vou fazer é levar esta malta a beber uma cerveja no final do dia de trabalho, fazer um brinde, dar graças por ter tido esta oportunidade de começar a minha vida e deixar-me de lamechices. porque a vida é boa. venham de lá os 32, que os 31 não foram grande coisa.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

entupida

entupida de ranho, entupida da vida, hoje não me apetece.
não me apetece este mês, não me apetece dezembro, não me apetece nada, nem coisa alguma, e estou a ouvir a música outra vez.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

coisas felizes

ando aqui às voltas com a cabeça a tentar encontrar coisas que me façam feliz, embarcar em projectos meus que me deixem contente. dantes tinha o tricot, que era uma parte tão imensa da minha vida, e de há uns anos para cá quase que deixei de tocar nas agulhas... confesso que também não é isso que me apetece. ando a pensar nisso e não surge nada...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

gosto de ouvir rádio #3

há que tempos que não ouvia isto, um guilty pleasure of mine.

uma senhora vai a uma pastelaria e pede um pastel de nata. que sorte minha senhora, acabam de sair! oh, diz ela desiludida, e quando voltam?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

blackout

não tenho escrito nada porque cresceu um silêncio dentro de mim.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

pensamento do dia

porque é que damos tanto poder às pessoas para nos magoar?

se calhar é falta de auto-estima.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

pudesse eu...

depois de um fim de semana muito agradável, cheio de boas surpresas e onde realmente (e finalmente) me senti verdadeiramente feliz, estava mesmo bem disposta,de sorriso rasgado, por estar sem expectativas nenhumas e ter apanhado dois concertos, duas exposições e gente de todas as formas, feitios e idades nas ruas, e muita gente conhecida, que já não apertava há imenso tempo. depois de um fim de semana assim tão feliz, custa muito esbarrar numa segunda-feira nas complicações dos outros e da vida. às vezes apetece-me desistir e acho que é mesmo isso que vou fazer. mandar a toalha ao chão.

pudesse eu voltar atrás no tempo....

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

outra vez pão

(hoje estou um bocadinho insistente)

quando comecei este blog a intenção não era propriamente que se tornasse num espaço de desabafo constante e extremamente depressivo.
na altura não estava bem, nada bem, mesmo nada bem, reforço. estava a entrar numa espiral de tristeza, a bater no fundo (outra vez) e já não me lembro do que me levou até aqui, se bem que talvez tenha sido por ter saudades de um outro blog, que mantive por 5 anos, o qual ainda vou espreitar e reler de vez em quando.
as coisas em maio não andavam nada bem, confesso que às vezes me custava até fazer aquelas pequenas coisas básicas do dia-a-dia, como comer, ir trabalhar, rir, dormir. fui pedir ajuda. contra todas as minhas crenças anteriores, de que os psicólogos ajudam muita gente, mas a mim não vai fazer diferença nenhuma, porque eu conheço-me muito bem, eu sei encontrar os problemas, até vejo as soluções, eu desabafo com os meus amigos, muito mais validação tem aquilo que uma pessoa que me conhece bem diz do que outra que só sabe a minha versão da história me poderá dar. tretas. a verdade é que (e falo apenas da minha experiência) a minha psicóloga na primeira sessão me apanhou as manhas todas. e a partir daí foi sempre a crescer. sim, sinto que cresci com a terapia. e agora até sou daquelas pessoas (que detesto) que dá por si a dizer "a minha psicóloga diz...", santa paciência. mas a verdade é que ajudou muito, muito, muito. e por coincidência tive de faltar à minha 2a sessão porque estava no funeral do meu pai.

o meu pai morreu.

a minha maior fonte de ansiedade morreu.

todos estes sentimentos são mistos, com saudade, culpa, tudo misturado. às vezes não consigo distinguir cá dentro de onde vem o que sinto.
há dias em que não sei bem de onde vem toda esta tristeza.
mas a verdade é que não estou feliz. não sei se alguma vez o fui. também não estou depressiva como estava quando iniciei este blog, mas não estou feliz. e quero muito, muito ser feliz. feliz e saudável, não normal, como pedi à psicóloga. já não quero ser normal, apenas feliz.

verdades absolutas #3

Every one of us is losing something precious to us. Lost opportunities, lost possibilities, feelings we can never get back again. That’s part of what it means to be alive.
― Haruki Murakami, Kafka on the Shore

às vezes tenho medo que este vazio que tenho cá dentro cresça tanto que me engula.

hipnoterapia

ainda não vos disse (vos... como se alguém estivesse a ler isto!), mas fiz hipnoterapia no outro dia. e adorei. nunca pensei, mas adorei. não é nada como aquela parvoíce dos filmes ou dos programas de ilusionistas... é assim um misto entre estar acordado e consciente e sentir o corpo perfeitamente relaxado a obedecer a instruções simples.

às tantas ela disse que ao contar até 5 eu ia sentir-me absolutamente relaxada e tranquila. e não sei se foi disso, mas a verdade é que até hoje me sinto assim. tranquila e calma. não estou é feliz... mas lá chegaremos!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

velhos hábitos

são difíceis de largar.

Quem está próximo de mim e atento aos meus padrões, vem-me avisando quando os vê a reaparecer. Mas eu vou ter sempre dificuldade em não me preocupar com quem gosto. Nem sei bem lidar com isso, o meu objectivo seria conseguir conciliar as duas coisas, poder tomar conta de mim e, ao mesmo tempo, estar atenta às necessidades dos outros. Porque... eu não posso deixar de ser eu, certo? De todas as coisas que eu tenho de melhorar em mim, esta é a que me dá mais luta, porque me custa a compreender onde estou a falhar...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

verdades absolutas #2

baby, a broken heart can only hurt you as long as you allow it.

casulo

mesmo de propósito, vinha a abrir isto para escrever e a rádio faz-me uma surpresa (cada vez mais ando a ligar a estes pormenores algo parvos e coincidentes, se calhar é uma tolice, mas mal não faz).

queria só dizer como este fim de semana foi importante, por tantas e tantas razões... sinto-me como alguém que anda a fazer uma dieta e finalmente agora experimentou as calças um número abaixo que lhe servem. afinal compensa, os resultados são lentos e demoram a chegar, mas compensa. vejo a luz ao fundo do túnel, lá longe, muito sumidazinha, mas vejo-a. e sabe bem sentir o peito mais leve, sentir que a cabeça já funciona, saber que tenho em mim o que é preciso.

estou algo lamechas, mas finalmente sinto-me a sair do casulo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

pensar ou não pensar

lá fora escurece (e são duas da tarde apenas). também chuvisca e finalmente tenho aquela sensação de Inverno à porta.

estou pensativa hoje (e sempre). há uma coisa que não sai da minha cabeça que eu queria mesmo arrancar, apesar de saber que irá desvanecer com o tempo e só estará definitivamente resolvido quando eu deixar de pensar nisso. há uns tempos disse que as coisas só tinham importância porque não deixamos de pensar nelas.. verdade, mas só reparamos que deixaram de ter quando verificamos que já não pensamos naquilo todos os dias, a toda a hora. não sei se forçar a não pensar em algo resulta, mas passinhos pequenos para largar dependências e obsessões.. que não fazem sentido algum...

não sei. como vos disse, estou pensativa. daqui em diante só pode melhorar!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

gosto de ouvir rádio #2

porque esta música me diz tanto e já não a ouvia há que tempos (e hoje é isto que sinto).

em versão acústica:

Beach House, Used to Be.

normalmente

quando as coisas começam a dar demasiadas complicações desnecessárias é porque se calhar não valem muito a pena.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

note to self

eu não estou num vórtice de destruição. eu estou num processo de cura, e é normal que às vezes me desvie do objectivo final e tenha atitudes menos construtivas. mas não vou deixar que isso me tire o foco dos meus objectivos, nem vou deixar que ninguém defina o meu caminho, nem me deite abaixo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

gosto de ouvir rádio.

porque assim, num timing perfeito, aparece esta música.

agridoce

fim de semana agridoce.

Coisas boas:
- sexta feira de cinema francês
- bifanas com 10 cm de altura de carne + vinho verde + boa companhia + risos + felicidade
- fazer amigos novos
- JP Simões
- amigos velhos que nos fazem sentir em casa
- dançar até às 6h da manhã

Coisas más:
- o dia seguinte.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

honesty is such a lonely word*

* como dizia o Billy Joel na canção

Ultimamente, neste meu processo lento de metamorfose, para além de deixar de dizer não antes de pensar duas vezes (arriscar mais, sair da zona de conforto - o que já me trouxe boas supresas a curto prazo!), fiz um acordo comigo mesma (não uma promessa, mas um acordo) de tentar ser mais honesta. Honesta comigo, honesta com os outros. Dizer com mais clareza o que sinto, do que preciso. Abraçar mais vezes quem gosto, dizer-lhes isso todos os dias. Procurar estar com quem me faz sorrir, arranjar tempo para fazer coisas que gosto (combater a inércia! não é fácil!). Levar a vida de uma forma honesta, tranquila, feliz.

Parece simples...? Para mim não é, mas estou a experimentar, sem pressões, devagarinho, um passinho de cada vez.

Hoje, daqui a 1h30 quando sair do trabalho, vou direitinha ao São Jorge ver um filme da Festa de Cinema Francês, nem tanto pelo filme, mas pela companhia, 6 amigos do peito que me fazem rir.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

e o Nobel vai para...

Confesso que estava a torcer pelo Murakami, mas fiquei contente por ter sido galardoada uma mulher (a 13ª apenas!) e ainda para mais, contista..., a canadiana Alice Munro.

Nunca li nada dela, mas estou curiosa.

“If I decided to send this to you, where would I send it? When I think of writing the whole address on the envelope I am paralyzed. It's too painful to think of you in the same place with your life going on in the same way, minus me. And to think of you not there, you somewhere else but I don't know where that is, is worse.”

― Alice Munro, The Love of a Good Woman

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

i was trying to sleep when everyone woke up

diz que é uma canção que fala da importância dos outros nas nossas vidas. além de que é bonita pa caramba.

sinais do universo #2

se eu não vou a J.P. Simões, vem J.P. Simões a mim. é isso, meus amigos. e já tenho bilhete na linha da frente e os lenços de papel preparados.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

acho que estou a dormir com os olhos abertos

se me pedissem agora, neste preciso momento, neste dado instante, agora, já, mesmo, se eu ía trabalhar para o brasil de uma forma não temporária, eu ia. não me perguntem porquê brasil, nem porque iria, mas ia mesmo. o que quererá isto dizer?

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

lutos.

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, Último Volume

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

desabafo

em certas alturas do dia (nem sempre) tenho aquela sensação de sufoco de estar a agarrar-me demasiado a uma coisa que perdi. porque custa tanto deixar ir?

tanto desamor te tenho

Ontem falei-vos de um texto que mudou a minha vida, bom.. não mudou a minha vida, mas lembro-me de que quando o li, senti que havia para ali um sinal qualquer do Universo.

tanto desamor te tenho, tão fora do meu coração ficaste, que em verdade nada te tenho.nunca foste meu e já não sou tua, já não me tens.
pouco sei por que te dou conta deste resultado, que me importará a notícia de mim que recebas? faço-o talvez por fidalguia ou superioridade de ser, que vontade minha nem é que sofras ao sabê-lo, ou que sintas alegria, mas tão só anunciar-te, como ao mundo, que nada mais se espera de ti no meu peito amadurecido agora. agora, posta entre as minhas amigas em sossego, só te lembro como matéria que em mim se deixou apodrecer. saberás tão bem como florescem rosas sobre matérias mortas, e as minhas matérias mortas meu antigo e tolo amante, alimentaram uma sabedoria que me eleva. estou onde nem tu imaginas que se possa chegar.
quanto nos rendemos aos prazeres sem interesse, fico entretanto a pensar.
por que doce e fútil alegria corri iludida com os teus sermões, suja de alma a vender-me corpo e cabeça enganada. sei que estarás ainda hoje nos braços de quantas te satisfaçam o mesmo capricho, usando a mesma crueldade para com elas, convicto talvez que lhes pagas com a aventura o preço da revelação que virá mais tarde. enganas-te. pousado o corpo, lavado o espírito, nem a volúpia nem o prazer, nada se impõe e a vida recompõe-se e até a vontade de recato e dignidade se reforça, tens de o saber.
nada, nada mesmo do que pudeste destruir-me se deixou destruído. não existes, meu antigo e tolo amante, agora já não existes.
esqueci tanto amor e tanto sofrimento. nem sei por que me terás levado à loucura, tão lúcida que me encontro, nem por que ganhei afeição ao sofrimento, que era o único amor que me deixaste, apartado de mim eternamente nesta vida e na vida em frente.
sofrimento nenhum se justifica por quem não o merece, aprendi-o bem.
e se meus votos sentidos perante deus me obrigam a um amor universal, passarei meu coração por cima do teu nome como se de mais um pássaro, um seixo ou um curso de água mais vivo fosses. rezarei por ti entre estas coisas mais naturais, deixarei para os homens um coração maior, importada com eles acima do cão que temos no convento, do carvalho que nos dá sombra no verão e nos uiva no inverno, ou da água que nos mata a sede, e que deus me perdoe.

valter hugo mãe

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

guarda-chuvas

– A minha mãe, Sr. Elahi, interrogava-se para onde vão os guarda-chuvas. Sempre que ela saía à rua, perdia um. E durante toda a sua vida nunca encontrou nenhum. Para onde iriam os guarda-chuvas? Eu ouvia-a interrogar-se tantas vezes, que aquele mistério, tão insondável, teria de ser explicado. Quando era jovem pensei que haveria um país, talvez um monte sagrado, para onde iam os guarda-chuvas todos. E os pares perdidos de meias e de luvas. E a nossa infância e os nossos antepassados. E também os brinquedos de lata com que brincávamos. E os nossos amigos que desapareceram debaixo das bombas. Haveriam de estar todos num país distante, cheio de objectos perdidos. Então, nessa altura da minha vida, era ainda um adolescente, decidi ser padre. Precisava de saber para onde vão os guarda-chuvas.

– E já sabe? – perguntou Fazal Elahi.

– Não faço a mais pequena ideia, mas tenho fé de encontrar um dia a minha mãe, cheia de guarda-chuvas à sua volta.

Afonso Cruz, Para Onde Vão os Guarda-Chuvas.

Já mandei vir o meu, amanhã deve chegar o Kafka à beira Mar do Murakami (li recentemente o Auto-retrato de um Escritor como Corredor de Fundo e fiquei fã, apesar de saber que este último é um livro diferente dos outros romances dele), e como aproveitei uma campanha da Wook de vale de 100% na compra de um livro, que só podemos usar em 50% das compras, já tenho no cesto este tal do Afonso Cruz, o novo do Valter Hugo Mãe (a ver se vos mostro um texto dele que mudou a minha vida) e o Como é Linda a Puta da Vida, do meu adorado Miguel Esteves Cardoso.

devo ter leitura suficiente para o resto do ano, espero.

coisas difíceis

ontem fiz umas das coisas mais difíceis que tive de fazer até hoje.

[claro que "das coisas mais difíceis" também é muito relativo, porque ainda há muito pouco tempo tive de fazer umas tantas dessa categoria]

mas o céu não desabou, nem o mundo acabou.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

mau tempo do canal

gostava que o meu humor não estivesse tão directamente relacionado com o clima.

mas dão dias de sol já para este fim-de-semana.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

grandes clichés

todo este processo não tem sido fácil, confesso. às vezes sinto-me numa montanha russa, com picos de extrema clareza e felicidade, para depois embarcar numa descida alucinante que até me tira o ar. acho também que tenho sido demasiado impaciente, e dura comigo própria, à espera de resultados rápidos e eficazes. percebo agora (a tal clareza) que tudo isto vai demorar o seu tempo e que mudar não é fácil. nem mesmo perceber o que há a mudar (pensei por muito tempo que o pior era tomar a decisão, saber o que se quer, para onde ir, que caminho seguir). percebo agora que aquilo que ando à procura nos outros é para colmatar uma falha que há em mim, um vazio que quero preencher. e portanto, o que tenho de fazer é encontrar isso que ando à procura aqui dentro, e deixar de recorrer a outsourcing. agora é ver o que acontece. e cara alegre.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

verdades absolutas

Most things are only a part of your life because you keep thinking about them.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

yeah.

Nem sei bem o que vos diga.
Este fim de semana foi… importante. Parece que afinal sou mais rija do que pensava. E sinto-me muito orgulhosa. Um dia de cada vez! Venham esses dias!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

pequenas coisas.

Estas férias grandes tive muito tempo para pensar, dormir (e não dormir também fez parte).

Uma das coisas que quis tentar fazer, e vou tentar prolongar este sentimento, mas a outra escala, era tentar fazer todos os dias algo que me assustasse, que normalmente não faria, ou que fugisse da minha zona de conforto. Pequenas coisas, como comer queijo, como mergulhar no mar e outras coisas assim (algumas bem insignificantes).

Basicamente, se surgia alguma coisa no dia em que eu hesitava, forçava-me a experimentar. Isto deu-me um belo sentimento de ser PODEROSA. Pode parecer estúpido, mas foi importante.

Falava-vos então que queria transpor este sentimento para o resto do ano, do tempo, da vida, mas a outra escala. Não tem que ser necessariamente todos os dias, não tem que ser necessariamente experimentar tudo o que me trás desconforto, mas quero continuar a procurar este experimentar o desconhecido, fazer coisas que me assustem.

Mas agora… sempre com isto em mente: essas coisas vou fazê-las por mim.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sinal do Universo

E para iniciar em assuntos menos sérios (uma lufada de ar fresco), ontem descobri que dia 4 de Novembro há Samuel Úria em Lisboa e no dia seguinte J.P. Simões.
A mim parece-me um sinal do Universo.
Por aqui esteve-se de férias (parte boas, parte más, parte burocráticas, parte vegetais).
Muita coisa rolou nesta minha cabeça, entretanto. Acho que coloquei muita pressão nestes dias, a querer que muita coisa mudasse muito depressa. Entretanto a semana passada comecei a trabalhar, na tal empresa grande! Muita adaptação e muitas rotinas novas… e a cabeça começou a direccionar os pensamentos para outras coisas, o que ajudou.
Entretanto acendeu-se uma luzinha cá dentro. Acho que dou demasiada importância a coisas que no fundo não têm tanta importância. Acho que sou demasiado severa comigo própria. E, como faz um amigo meu, acho que vou levar este ano de uma forma escolar, em vez de o levar como ano civil. Ou seja, o ano começa agora, em Setembro.
Ready to start.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

dias perfeitos

ainda há dias perfeitos.
que começam de manhãzinha, com sol, picnics, prolongam-se pela tarde fora, culminam num jantar com amigas de quem tinhas muitas saudades de estar, assim, a rir, a rir muito e a fazer brindes, estendem-se noite dentro, com mais amigos, pés na areia, gin tónico, música, dança, risos, ainda mais risos, e acabam já de manhã com poucas expectativas para o dia seguinte. e depois, surpresa, o dia seguinte é igualmente bom, quente, risonho e feliz.

ainda há dias perfeitos.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ponto final.

estou farta.
prefiro que tudo volte ao que era do que andar com esta angústia.
e já não quero saber se isso significa que daqui a uns tempos vou passar pelo mesmo, já não quero saber.
desisto, vou optar pelo caminho mais fácil e não se fala mais nisso.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

sem título

A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

dar início à engrenagem

mesmo quando eu desisto de tentar convencer as pessoas que no meu mundo as coisas só funcionam de empurrão, que basta dar início à engrenagem, quando eu começo a pensar que se calhar isso é só um disparate da minha cabeça, e uma grande coincidência, o Universo faz-me uma supresa.

falava eu ontem em procrastinação, e de sentir missão cumprida, e eis que me ligam de uma empresa daquelas boas a chamar-me para psicotécnicos hoje.

já não sou novata nesta coisas e acho que correu bem (apesar de com estas coisas não se sabe muito bem ao certo de como se saíu), a parte má mesmo foi de ter percebido que das 15 pessoas que lá estava, eu era a mais velha.


terça-feira, 16 de julho de 2013

procrastinar - essa palavra feia

Hoje entrei na terapia de grupo e estava lá, escarrapachado no ecrã, aquele palavrão feio, em letras garrafais: PROCRASTINAÇÃO.

Não sei se foi o boost que precisava, mas o que é certo é que na última hora e meia dei cabo de montes de situações pendentes que andava a adiar (e para quê?). E agora sinto-me realizada e bem disposta e com aquela sensação de dever cumprido.
Agora vamos ver se isto dura!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

feeling myself again

Depois de tanta montanha russa e de voltas no estômago e nesta cabeça, dou por mim devagarinho a sentir-me eu outra vez.
Não sei se é bom, se é mau, por um lado sinto-me melhor e já rio com gosto e já não ando a chorar pelos cantos, por outro lado, sinto que os filtros voltaram e tenho aquele receio (natural) de daqui a uns tempos estar outra vez no mesmo.
Varrer as coisas para debaixo do tapete para não ter que lidar com elas, como de costume, não me trouxe nada de bom a longo prazo. Mas por outro lado, é reconfortante sentir alguma normalidade. Mesmo que não seja o ideal.
Por isso é agridoce tudo isto.
Mas sabe bem rir com gosto outra vez e estar com as pessoas com vontade.


terça-feira, 9 de julho de 2013

despedidas

de volta do almoço de despedida de uma amiga (mais uma que emigra).

saudades e ainda cá está.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

fim-de-semana

um fim de semana de sol, calor, praia até às 21h, metade do cabelo fora (ahh ter o pescoço livre de cabelos), ataques de melgas, hendricks, vestidos amarelos, saltos altos, jantares, amigas, risos, danças, areia, mãe, mar, por do sol, andar, caminhar, rir, rir muito, apertar pessoas, ver pessoas, esquecer.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

in...

...coerência
...constância
...quietação

Não sei o que mais me assusta agora. Se é de estar tudo diferente, se de estar tudo exactamente na mesma.
Incoerente o que escrevi agora, não é? Mas é exactamente isto.

Depois de tanto reboliço e de tanta merda que foi acontecendo, de tantos lutos para fazer que tornava difícil perceber de onde vinham todas aquelas emoções, depois de uma revolução cá dentro, de tudo misturado, tudo desarrumado, tudo descomposto, vem a calmaria devagar, devagarinho.
A poeira assenta e assenta de maneira meio aleatória, mas a seguir a lei do menor esforço.
Devagarinho, sinto as coisas a encaixar nas velhas rotinas, hábitos, pensamentos, costumes.

É isso que não sei.. não sei mesmo o que mais me assusta, se o facto de estar tudo diferente, se o facto de sentir que está tudo exactamente na mesma.

E sinto-me sozinha. Muito sozinha.

Por outro lado, não oiço J.P. Simões há uma semana.

Uma última vez.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

de volta à base.

estou triste e não quero mais estar triste.

sabem quando a tristeza é aquele cobertor grosso que nos conforta no Inverno?
Pois, já não é um cobertor grosso, mas um que pica e faz comichão.

estou triste e não quero mais.
levantar começou a ser um suplício, dormir passou a ser um desafio e ter prazer em comer uma miragem de velhos tempos.
sinto-me a fechar, a desaparecer, a esconder, a fugir.

estou tão triste e não quero mais.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

toda a gente te quer comer viva

outra coisa que acontece quando morre um pai é que toda a gente te quer comer viva.

e já agora, ele hoje fazia 61 anos, por isso..

parabéns pai!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

28.05.2013

escrevi assim:

"dia 2.
os gigantes vieram, ainda nos rimos (tão bom ter na vida pessoas que nos fazem sempre rir, não é? ), jantamos muito bem e o J. alarvou.
A L. está mega gigante!!!! dois gigantes num só :) está linda!!
Tou um bocado farta de ter sempre gente de volta, a ligar e a visitar (já me sinto o padrinho), mas depois quando estou sozinha é milhões de vezes pior, ou quando a T. adormece. por isso acho que essa parte é agridoce.
Um dia de cada vez e eu como, durmo, falo, rio, choro, conduzo, faço tudo o que fazia antes (se calhar até mais alerta porque me recuso a tomar merdas - porque é que toda a gente pergunta se tomaste alguma coisa? - e a beber, não quero beber (se bem que apetecia-me ir a cooperativa beber uma viuva.).
Depois é chato ter que tratar de merdas. Queria poder desligar e sair daqui, mas há tanta coisa... - por outro lado serve para distrair.

Está tudo bem, e se não ficar bem, arranja-se maneira de lidar."

dias bons

ontem foi um dos dias bons.

o apetite voltou, dormi melhor, e quase quase que não chorei.

fui arranjar as sobrancelhas, esfoliei o corpo, pus creme, pintei as unhas dos pés e jantei petit gateau com sorvete de limão e gelado de chocolate só porque podia.

são estes dias bons que me tiram a ansiedade dos dias muito maus em que tenho medo de ficar sempre assim e enlouquecer.


terça-feira, 18 de junho de 2013

coisas que ninguém te diz

há coisas que ninguém te diz.
como por exemplo, que custa muito mais o depois que na altura. que tens dias em que acordas e te falta o ar porque é tanta coisa em que pensar e tanto sentimento para lidar que pensas que nem te vais conseguir levantar da cama (mas levantas).
as pessoas estão lá naquela altura, no início, oferecem-se para tudo, para te fazer companhia, para te comprar bolos, perguntam se dormiste, se comeste, se já tomaste alguma coisa.
mas ninguém te avisou que o depois é que era pior.

que pura e simplesmente não podes encaracolar-te debaixo de uma pedra qualquer porque há sempre qualquer coisa para tratar, porque tens de voltar ao trabalho, porque a vida não entra em pausa (muito pelo contrário, em fast forward, ainda que confesso, estas semanas parecem três meses, é uma incoerência, eu sei).

ninguém te diz que o teu cérebro te engana, feito estúpido, e dás por ti a pensar que tens de ligar ao teu pai porque não falas com ele há algum tempo.

ninguém te diz que isto é tudo uma grande merda.

por outro lado, como estou em modo sobrevivência há algum tempo, estou sem filtros no que digo às pessoas. e ontem alguém me disse que eu sem filtros sou uma pessoa melhor.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Uma tonelada de limões

E faz pouco mais de uma semana que o meu pai morreu.

Depois falo um pouco mais sobre isto.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

efeito ketchup

em tempos li assim "first comes nothing, then comes nothing, and then comes everything at the same time".

chamam-lhe efeito ketchup.

pois é, ultimamente o ketchup tem vindo de enxurrada!

Já me davas uma abébia Universo...
Mas depois de um fim de semana de horror com dores num SIZO (o dente que só lá está para gozar com a nossa cara), este alíviozinho de não ter dores lancinantes que me fazem desejar estar morta é bem bom...


terça-feira, 14 de maio de 2013

Olá e outras cenas

Assim para primeiro post de inauguração deste fantástico blogue começo pelo título, que é como se costuma dizer, quando a vida te dá limões, faz tarte merengada, porque limonada é, sei lá, muito mainstream.

E a vida farta-se de distribuir limões por aí. Ainda se fossem laranjas, vá.
Como eu costumo dizer, é o que é, há que trabalhar com o que se tem e, apesar de dar imenso trabalho a fazer, eu adoro tarte merengada.

Este blogue será um espaço para falar de limões e outras cenas. Provavelmente de futebol às vezes até, de concertos que eu queria ir ver e não posso e, muito frequentemente para dizer mal do meu chefe.

Às vezes até podem aparecer umas mensagens crípticas, músicas que eu gosto e coisas com piada, se eu estiver bem disposta e num dia com níveis de silly humor elevado.

Agora é compor aqui a coisa e mudar a letra e coiso.

até já.