quarta-feira, 27 de novembro de 2013

História

fantasiei tantas vezes com aquele momento. indignada, humilhada, remetida à insignificância, fantasiei muito com o dia em que ele me viria pedir desculpa pelo modo como me tratou. e memorizei e revivi muitas vezes como lhe responderia, o que lhe diria, todo um discurso ensaiado para um momento que nunca chegou.

e a semana passada, quase três anos depois das últimas palavras (azedas) veio o tal pedido de desculpa. depois de três anos de silêncio!

e duas coisas curiosas aconteceram: a primeira é que não senti nada, nem raiva, nem contentamento, nem sentimento de vingança, nada. a outra foi que respondi educadamente e não deixei aberta a possibilidade de se retomar a amizade.

calhou em boa hora, este momento, porque estou novamente na fase de luto de ter perdido um amigo, e sabe bem saber que estas fantasias do que vou dizer, fazer, pensar, acontecer, vão diluir-se com o tempo até que... será uma insignificância. um nada, uma brisa.

a perda... é dele!

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